A encenação controversa aconteceu durante o desfile do Bloco da Laje, levantando críticas de líderes religiosos e internautas.
Bloco de carnaval gera polêmica com performance representando “Jesus gay”
No último domingo (26), uma apresentação realizada no desfile do Bloco da Laje, em Porto Alegre–RS, gerou uma onda de indignação nas redes sociais. O motivo foi a performance de um artista que usava uma coroa de espinhos nas cores da bandeira LGBTQIAP+ e realizava um striptease enquanto o público entoava “Vamos tirar Jesus da cruz”.
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O momento foi registrado em vídeo e amplamente compartilhado na internet. As imagens mostram o artista vestindo apenas uma peça íntima enquanto se lança à multidão de braços abertos, em uma postura que remete à crucificação de Cristo. A cena rapidamente se tornou alvo de críticas, especialmente entre grupos cristãos, que consideraram a performance um ato de desrespeito à fé cristã.
Repercussão nas redes sociais e entre líderes evangélicos
O pastor Renato Vargens, conhecido por sua postura conservadora, expressou sua indignação nas redes sociais. Em uma publicação, ele comparou o episódio à recente polêmica envolvendo a cantora Claudia Leitte, que foi criticada por mudar a letra de uma de suas músicas para exaltar Jesus.
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“Percebemos o relativismo dessas pessoas quando apoiam a zombaria ao cristianismo, como ocorreu ontem, em que um homem, em nome da liberdade artística, zombou de Jesus realizando um striptease. Em contrapartida, são as mesmas pessoas que se indignam porque a cantora Claudia Leitte escolheu cantar sobre Jesus em vez de Iemanjá”, escreveu o pastor.
Outros líderes religiosos também se manifestaram, classificando a encenação como um desrespeito à fé cristã e uma tentativa de ridicularizar símbolos sagrados. Muitos cristãos pediram providências legais contra os organizadores do bloco e o artista envolvido na apresentação.
Bloco da Laje: entre a arte e a polêmica
O Bloco da Laje, responsável pelo evento, é um grupo teatral carnavalesco ativo desde 2011. O coletivo já havia abordado temas sociais e políticos em apresentações anteriores, mas esta foi a primeira vez que uma encenação causou tamanho impacto no meio cristão.
Em nota, os organizadores defenderam a liberdade artística e disseram que a intenção da performance não era ofender crenças religiosas, mas sim provocar reflexões sobre questões sociais. No entanto, a justificativa não foi suficiente para acalmar os ânimos dos críticos.
Possíveis desdobramentos
A polêmica segue dividindo opiniões nas redes sociais. Enquanto alguns defendem o direito à liberdade artística, outros consideram a performance um desrespeito à fé cristã. Há pedidos para que o Ministério Público investigue o caso por suposta intolerância religiosa.
Até o momento, o artista responsável pela encenação não se pronunciou sobre a repercussão do caso.