Massacre na Síria deixa mais de mil mortos e revela perseguição religiosa contra alauítas e cristãos

Por: Redação
Policiais armados em Douma, cenário de massacre religioso na Síria

Especialistas alertam: promessas de unidade do novo governo sírio não impedem avanço da violência sectária e do genocídio contra minorias religiosas

O cenário na Síria voltou a preocupar a comunidade internacional após o registro de massacres que vitimaram cerca de 1.200 civis da minoria alauíta, gerando alertas sobre limpeza étnica e perseguição religiosa, especialmente contra cristãos, xiitas e outros grupos minoritários.

Segundo especialistas em geopolítica e Oriente Médio, os atos violentos ocorrem apesar da promessa de união nacional feita pelo novo presidente interino Ahmed al-Sharaa, membro do grupo islâmico radical Hayat Tahrir al-Sham (HTS), oriundo da Al-Qaeda.

Alerta de perseguição: cristãos e alauítas em risco na Síria

O novo governo, que prometeu respeitar as minorias religiosas e estabelecer um regime inclusivo, é acusado de cumplicidade com ataques sistemáticos contra a população alauíta – vertente ligada ao islamismo xiita. O grupo compunha a base de apoio do antigo governo de Bashar al-Assad, deposto em 2024 após uma guerra civil de 13 anos.

“Há evidências de que o atual regime está promovendo uma limpeza étnica. Os massacres estão sendo transmitidos ao vivo, como o Estado Islâmico fazia”, alertou Marcelo Buzetto, especialista da PUC-SP.

Famílias inteiras foram executadas, e há relatos de tortura, sequestro e abuso. Muitos cristãos também são vítimas colaterais da repressão por estarem associados à antiga base política do país.

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Fuga em massa e repressão religiosa

De acordo com a agência Reuters, mais de 350 famílias sírias já fugiram para o Líbano, cruzando o rio que divide os países, temendo novos massacres. O clima de tensão se espalha pelas províncias de Lataquia e Tartus, tradicionalmente habitadas por alauítas e cristãos.

O novo governo afirma ter criado um comitê para investigar os crimes, mas organizações internacionais e analistas questionam a imparcialidade do processo.

“Não é possível esperar justiça de quem tem as mãos sujas de sangue”, afirmou um observador da ONU sob anonimato.

Promessas de paz e realidade de guerra

Durante a transição de poder, o presidente interino Ahmed al-Sharaa, também conhecido como Abu Mohammad al-Jolani, declarou que governaria com justiça e protegeria os direitos de todos os sírios. No entanto, o que se vê no país é o aumento do sectarismo, principalmente contra as minorias religiosas.

O grupo HTS, hoje dominante na política síria, é um braço dissidente da Al-Qaeda e tem histórico de perseguição a cristãos, judeus, alauítas e curdos. Embora alegue ter abandonado o discurso jihadista, na prática suas ações indicam o contrário.

Igreja perseguida e a necessidade de intercessão

A situação na Síria lembra aos cristãos do mundo a importância de orar e apoiar a Igreja perseguida. Mesmo em meio à dor, os irmãos permanecem firmes, confessando a fé em Jesus Cristo.

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.” (Mateus 5:10)

Muitos cristãos na Síria continuam a reunir-se em segredo, estudar a Bíblia e compartilhar o evangelho, mesmo sob risco de morte.

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