Religioso fala sobre sua condição e denuncia preconceito contra neurodivergentes no meio evangélico
Pastor anuncia diagnóstico após três anos de avaliação com especialistas
O pastor Anderson Silva usou suas redes sociais para compartilhar um novo capítulo de sua trajetória pessoal e espiritual. Após três anos de acompanhamento com psicólogos e psiquiatras, ele recebeu o diagnóstico de autismo nível 1, também conhecido como TEA de suporte leve. A descoberta foi feita aos 44 anos de idade, o que trouxe à tona uma série de reflexões sobre sua história de vida, fé e aceitação.
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Pastor já havia sido diagnosticado com TDAH antes do autismo
Antes do diagnóstico atual, Anderson já havia compartilhado publicamente que enfrentava o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). No entanto, após investigações clínicas mais profundas, chegou-se à conclusão de que o pastor é neurodivergente, com traços do espectro autista.
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Família também convive com o espectro autista
O pastor também revelou que não está sozinho nessa jornada. Ele é pai de dois filhos com autismo: um também diagnosticado com nível 1 e outro com nível 3, considerado o grau mais severo da condição.
“Descobrir isso aos 44 anos não foi fácil”, diz Anderson
Em um desabafo sincero, Anderson compartilhou a dificuldade de receber esse diagnóstico de forma tardia:
“Há muitos anos eu procurava respostas até na fé, mas só encontrei na medicina.”
Sua fala evidencia o sofrimento emocional vivido ao longo da vida e a importância de diagnósticos corretos e acessíveis para pessoas neurodivergentes.
Crítica ao capacitismo dentro das igrejas evangélicas
Anderson também aproveitou o momento para criticar a postura de muitos evangélicos em relação a pessoas com deficiência ou condições neurológicas:
“Eles têm fé para prosperar, para ganhar dinheiro, mas não têm fé para dividir dinheiro, cuidar do pobre ou encurtar o sofrimento do alheio.”
Religioso relata ter sofrido hostilidade após tornar diagnóstico público
Desde que compartilhou o diagnóstico com o público, o pastor relatou ter sido vítima de hostilidade e humilhações por parte de membros do próprio meio evangélico. Ele lamenta que muitos ainda não compreendam o que é o autismo, especialmente o nível 1, frequentemente rotulado como “leve” de forma equivocada.
“Só quem convive sabe como é difícil”
Anderson faz questão de enfatizar que o autismo nível 1 não é sinônimo de facilidade. A condição envolve desafios sociais, emocionais e sensoriais que impactam o dia a dia de quem vive nessa realidade.
Reflexão cristã: a igreja deve ser refúgio para todos
O testemunho do pastor Anderson Silva serve como alerta e convite à empatia, inclusão e acolhimento dentro das igrejas. O corpo de Cristo precisa refletir o amor que acolhe a todos, inclusive aqueles que enfrentam desafios invisíveis.
“Aceitai-vos uns aos outros, como também Cristo nos aceitou.” – Romanos 15:7
Que a igreja esteja preparada para ouvir, entender e caminhar ao lado dos neurodivergentes com graça e compaixão.
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